Sabe aqueles dias em que tu não tens a menor idéia do que escrever em um blog? Pois é, esse é um dia que eu estou meio assim.
Alguém aí tem alguma idéia do que eu posso escrever de interessante que aconteceu essa semana? Nada de política, futebol, seqüestros ou qualquer outra coisa que envolva sangue.
Alguém aí tem alguma idéia? Qualquer uma!
Ao ver esse silêncio de sua parte me veio uma pergunta. Será que ninguém mais tem o que passar nos grandes meios de comunicação, que nós chamamos de TV aberta? Que saco que é olhar TV de tarde. Se não é um filme do Chuck Norris (passou ontem na Globo. Juro!), é uma sessão de exorcismo na Band ou na Record. Já na RedeTV! é só merda. Quero dizer, é só Globo. No tal de “Sônia e Você” até ontem só se falava no final da porcaria da novela das 8 (que começa 9 e meia) e sobre qualquer coisa que emocione as velinhas indefesas que se emocionam com aquelas historinhas (não arrisco a escrever “estórinhas”, vai se saber) de gente pobre que perdeu a perda, mão, ombro, testa, orelha, cabeça... Ou que é gorda e que precisa fazer uma redução de estômago urgente, se não morre ou o marido abandona. A TV cultura não nega o nome. É só cultura. Pra piazada, claro. Ou pros professores. No entanto, no SBT passa só novela mexicana. Só. E são novelinhas de 5ª categoria.
Na hora do Jornal Nacional é só Varig, eleição, Copa, Estados Bandidos da América e Suzane Richtofen (acho que se escreve assim). E lá no SBT com a grande, grande, grande... Como é mesmo o nome? Ah, sim, Ana Paula Padrão. Lá no SBT com a Paradão é a mesma coisa que aparece no Jornal Nacional: Varig, eleição, Copa, Estados Bandidos da América e Suzane Richtofen.
Na Band no programinha do Datena só falta sair sangue da TV. É só morte, acidente, trânsito caótico de São Paulo, e é claro, Suzane Richtofen (Ritistôfen, Rishstófen, ou algo assim).
Fim de semana, eu, sinceramente, não sei o que passa na TV, mas vou arriscar. Um breve resumo se segue abaixo.
Não-sei-o-nome, com Gilberto Barros (Band): Bunda, bunda, bunda, bunda, peito, bunda, bunda... e assim vamos até o final do programa. Nunca pensei que a palavra “programa” cairia tão bem sobre um programa.
Programa do Raul Gil, com (adivinha!) Raul Gil (Record): Gente que canta mal. Mães orgulhosas de seus filhos. Músicas escolhidas pelas mães pros piás cantarem, pra agradar o Gilzão. Ah, claro, e a platéia mais idosa do Brasil! Digo a 2ª platéia mais idosa do Brasil. A Mais velha é dos programas Silvio Santos.
Domingo Legal, com Gugu Liberato (SBstera): É liberado pra tudo. Tens um cachorro que canta o hino da Inglaterra em irlandês e não sabe onde levá-lo? Liga pro Gugu! Ele vai dar um jeitinho de te ajudar. Ô se vai! Além do péssimo humor do apresentador e sua voz de taquara rachada, conta com a platéia mais idiota do Brasil!
Domingão do Faustão, com um Robert lá (Glóbulo): Idem do Gugu. Claro que conta com algo a mais: artistas Globais. A única “vantagem”.
Fantástico, com um bando de gente (Glóbulo): O único programa que consegue fazer tudo que todos os outros. É uma união de show de calouros, novela, talk show e Revista Veja. Como a Veja, consegue transformar tudo em bosta. Todo e qualquer depoimento, entrevista e afins vira uma cacáca, depois da edição.
Bem, depois de ler o quem eu escrevi, estou cogitando a possibilidade de vocês me darem qualquer idéia sobre política. Que tal CPI das sanguessugas?!