quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O cara legal e gente fina dos céus

Incrível o jeito como as pessoas remetem todas as coisas boas que acontecem com elas a Deus.
É “Graças a Deus” pra lá, é “Obrigado Senhor” pra cá, que Deus me livre e guarde!

Se alguma coisa boa aconteceu, ah, foi Deus! Se alguma tragédia acontece, ah, culpa humana, Deus é bom!

É uma dependência incrível que as pessoas têm por Ele! Sei que tô generalizando a coisa, mas estamos num país sem muito estudo e de fé cristã.
Concordo que acreditar até pode ser um conforto pra muita gente nos momentos de dor e tudo mais, mas mesmo assim, eu não consigo acreditar Nele.

Não acredito no dito cujo Senhor dos céus. E é até meio desconfortável ser ateu, tanto pelos olhares tortos de quem eu ousei contar, quanto por volta e meia eu soltar um “Ah, por Deus!” sem querer.
Imagine que você é uma pessoa de fé. Se você acreditar em algo superior de fato, melhor ainda. Você trabalhou duro uma vida inteira pra uma promoção do seu chefe. Depois de 10 anos trabalhando no mesmo posto dentro da empresa, você agora é o gerente da sua filial.
Agora me diga, atribuiria esse sucesso ao bom e camarada Deus? Ou ao seu próprio esforço e dedicação?
Ah, mas você se esforçou e Deus lhe retribuiu o esforço com a promoção.
E se não tivesse nenhuma interferência divina? Você se esforça, seu chefe nota e lhe dá a promoção. Nada de Deus no meio do caminho.
Agora mude a cena: você trabalhou duro e seu chefe deu a promoção ao idiota do Dr. Sebastião, um baita vagabundo.
Deus não quis? Mas você não tinha se esforçado? Ué, o Sebastião não fez nada, mas ele foi promovido, não foi? Ah, por que ele era o primo do chefe.
Não sei não, mas acho que você não diria “Deus não quis”.
Que mania de agradecer a Ele por ter ganhado algo de bom e de se culpar se algo errado acontece.
Por que tirar o cara lá de cima da jogada agora?
Por que ele é bom e não faria algo ruim? Quem disse que ele é bom? Quem disse que ele existe?

Naquele dia do acidente aéreo do vôo da TAM, um taxista sobreviveu por pouco de levar uma rabada do avião. Ele disse algo do gênero “Sobrevivi graças a Deus”. Tá certo, e os 200 que morreram? Foi graças a Deus também? Ah, não! Foi culpa do reverso que tava falhado. Ah, foi o piloto. Ah, foi a pista!
E por que então o taxista não disse que foi o café da manhã dele que atrasou e ele saiu alguns segundos mais tarde de casa e sobreviveu?!
Novamente: Coisas boas vêm de Deus, as coisas ruins dos humanos? Sem exceções? Que absurdo.

Pra mim Deus é criação humana desde os tempos bem antigos. Uma criação para fazer as pessoas concentrar nele, seguir seus supostos ensinamentos e temer ele.

Queria acreditar. Queria mesmo. Viver numa ilusão onde tem algo para me reconfortar deve ser bom. Dizem alguns antigos filósofos que uma vida sem conhecimento algum é a vida de felicidade, pois o conhecimento nos faz ficar críticos e trás a dor da verdade, e me parece que as pessoas põe Deus para esconder a verdade.

Não acredito na bondade de Deus, sequer na sua existência, mas acredito na bondade das pessoas, mesmo com a inversão de valores que eu vejo. Mas isso já outro assunto pra outro texto.

Amém, irmão.

sábado, 18 de agosto de 2007

Hippie happy

Queria ser um hippie. Ao menos por alguns meses, só pra saber o que é viver.
Depois disse, eu poderia voltar pra minha vida bacaninha.
Ou talvez não voltar.
Ia ser legal fazer umas bijuterias, usar sandália, ter um cabelão e viajar no cogumelo alucinógeno.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Televisão e alienação

De hoje em diante, pra me proteger da tempestade de cultura inútil, só ligo a televisão se estiver de capa, botinas e guarda-chuva.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Túnel do Tempo

Tava arrumando o armário quando achei algumas raridades: Revistas Superinteressante de 1996 e 1997!

Peguei algumas e comecei a folhear. Alguns minutos se passaram e aquelas páginas amareladas começaram a me fazer espirrar, mas nesse meio tempo achei algumas coisas interessantes nas revistas.

Uma coisa legal era uma matéria que falava de home page grátis na internet. Algo como um princípio do que hoje chamamos de blog, que é isso aqui que você está lendo. Na matéria falava de HTML como uma coisa de outro planeta e de JPG e GIF como novidade. Nada de máquinas fotográficas digitais de 12 megapixels, e sim, scanners e convertedores de imagens para JPG, como Photostyler ou Lview Pro.

Para nossos amigos internautas de 1997, um blog que tinha 100 acessos diários era algo impressionante. Hoje temos o Kibe Loco, por exemplo, com 200 mil acessos por dia.

Numa página de publicidade, uma figura enorme do Mario. Era uma propaganda do Mario Kart 64. E uma bela demonstração de supremacia da Nintendo naquela época dourada em que eu jogava no meu Nintendo feliz da vida.

Tinha uma matéria que apontava problemas da internet. Internet discada, é claro. Nada de banda larga em 97.
Alguns problemas eram ressaltados e possíveis soluções eram cogitadas, nada de banda larga como solução, mas transmissão sem fio (pensaram alto demais pra realidade de 1997).

Por fim, uma página meio escondida e enfeitada por um chip de imagem de fundo. Uma pequena caixa intitulada “Você verá esse futuro”, dizendo como seria o futuro.
Um desses itens futuristas dizia algo sobre TV transmitida pela internet. Está aí o YouTube e Joost. E algo meio fora da internet, como a TV Digital.

Como as coisas mudam rápido, não?

domingo, 5 de agosto de 2007

Segundo tempo

Ah! Quer saber de uma coisa? Vou ressuscitar essa bagaça azul e fedorenta!